É um caso raro de sobrevivência num prematuro extremo. Menina tem hoje sete anos e vai entrar na escola primária.
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21 de junho de 2018. Andreia Maia tinha 24 anos e foi submetida a uma cesariana às 23 semanas e dois dias de gestação. "Os médicos disseram-me que era o mais adequado para mim e que iam tentar fazer tudo por ela", conta. Íris cabia na palma de uma mão e tinha o tamanho de uma caneta BIC, como chegou a medir uma enfermeira. Sem garantias de sobrevivência e contra todas as expectativas, até dos médicos, a menina tem hoje sete anos e prepara-se para entrar na escola primária. É um caso raro de sobrevivência na extrema prematuridade no Hospital de São João, no Porto, e também no país.
Andreia Maia nunca sentiu nada de anormal durante a gravidez. Às 20 semanas de gestação, na consulta em que soube que ia ter uma menina, a equipa médica disse-lhe que iria ficar internada, porque estava com as "tensões muito altas". Com o diagnóstico confirmado de pré-eclâmpsia, foi informada às 23 semanas e dois dias que "tinham de retirar a Íris", conta ao JN. "Fiquei em choque, foi tudo muito rápido", diz.