Pressão causada pelos estudantes estrangeiros e maior procura no Pré-Escolar levam diretores a aproveitar todos os espaços e a desfasar horários.
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Há escolas públicas a rebentar pelas costuras que já aproveitam salas de professores para aulas, desencontram horários ou aumentam o número de alunos por turma. “É essencial conseguirmos mais salas”, alerta o presidente do Conselho das Escolas, António Castel-Branco, num ano letivo em que se regista uma procura crescente de alunos estrangeiros em todos os ciclos, acrescida de um maior número de ingressos no Pré-Escolar, apontam os diretores.
Há alunos estrangeiros a chegar “quase diariamente às escolas” durante todo o ano letivo e podem mudar no ano seguinte. Esses focos estão a espalhar-se pelo país, garante o presidente da associação de diretores (ANDAEP), Filinto Lima. No concelho de Sintra, por exemplo, no arranque das aulas, “havia cerca de 300 alunos” em lista de espera, revela António Castel-Branco. O problema “já quase não se coloca”, mas exigiu uma enorme articulação entre os diretores, a Câmara de Sintra e o delegado regional da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para se encontrarem vagas “supranumerárias”.