O líder da Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) acusou, esta segunda-feira, PS, PSD e CDS-PP de enjeitar responsabilidades face ao memorando com a "troika", deixando-o "filho de pai incógnito", num comício em Santa Maria da Feira.
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Jerónimo de Sousa, num tom mais distendido que o costume e quase totalmente de improviso, provocou numerosas gargalhadas e salvas de palmas na plateia do auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.
"Convém saber quem é o pai da criança. Antigamente, usava-se uma expressão, felizmente banida, que era 'filho de pai incógnito'... Esse pacto (de agressão) não tinha pai, não tinha mãe, não tinha padrinho - sim, porque temos de arranjar aqui um espaço para o CDS...", afirmou, reforçando o facto de os três partidos terem colocado a sua "assinatura" no acordo com os credores internacionais.
A quatro dias do final da campanha eleitoral, o líder comunista reiterou o sentimento de confiança no aumento da votação (7,9%) e do número de mandatos da CDU na Assembleia da República (16) de há quatro anos, nomeadamente no círculo eleitoral de Aveiro.