D. Manuel Clemente faz 75 anos e o nome mais apontado para o substituir é o do Jesuíta Nuno Gonçalves
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O novo patriarca de Lisboa deverá ser conhecido no próximo dia 10 de agosto, logo após o encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). D. Manuel Clemente completa 75 anos este domingo e deve querer sair o mais breve possível, como manifestou quando apresentou a resignação ao Papa Francisco.
O bispo de Lisboa tem estado, desde a Páscoa, a despedir-se da diocese. A rápida nomeação de um novo patriarca leva a que, em Lisboa, se aponte o dia 2 de setembro como a data para a tomada de posse do sucessor de Clemente.
A decisão sobre quem será o novo patriarca já está tomada mas o nome estará fechado a sete chaves no Vaticano. Se o Papa Francisco tiver seguido a via mais tradicional e optar por alguém da hierarquia, a escolha deverá ser entre Francisco Senra Coelho, arcebispo de Évora, Nuno Brás, bispo do Funchal, Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, e Rui Valério, bispo das Forças Armadas.
Numa nomeação fora da hierarquia, o nome do padre jesuíta Nuno Gonçalves, reitor, até 2022, da Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma, é um dos mais apontados. Neste caso, o sacerdote seria nomeado bispo e, mais tarde, Cardeal.
“É absolutamente necessário olhar para Lisboa e esse olhar passa, com certeza, por quem tem de reorganizar o serviço episcopal. E não sou eu”, disse o patriarca numa entrevista à agência Ecclesia. “A Diocese de Lisboa está num estado em que precisa, digamos assim, de ser recomposta na sua equipa episcopal”, referiu.
“O Papa tem o poder de escolher quem quiser e, ultimamente, tem feito grandes surpresas a Portugal”, disse ao JN um padre jesuíta referindo-se também à nomeação de D. Américo Aguiar como Cardeal “apanhando toda a gente desprevenida”. O presidente da Fundação JMJ vai ser Cardeal no dia 30 de setembro mas não deverá ser o escolhido para patriarca. Ao que tudo indica, deverá ser colocado em Roma.
Com o ano pastoral a começar em setembro, o novo patriarca assumirá funções a tempo de organizar a diocese de acordo com as suas ideias. “É preciso alguém que reorganize a vida da diocese, em termos episcopais. E que também proponha ao Papa os seus colaboradores”, finalizou D. Manuel Clemente.