Joana Mortágua afirmou, esta quarta-feira, que se o Governo continuar a recusar recuperar os anos de serviço congelados aos professores, passará "uma linha vermelha". À porta do Ministério da Educação, onde decorre a reunião com os sindicatos, a deputada do Bloco de Esquerda não se comprometeu com o sentido de voto no Orçamento do Estado.
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"Não aceitaremos nenhuma recuperação do tempo de serviço que seja inferior àquele que os professores exigem. Ou seja, nove anos, quatro meses e dois dias. Essa é a linha vermelha dos sindicatos, é a linha vermelha dos professores e é a linha vermelha do Bloco de Esquerda", defendeu aos jornalistas, esclarecendo que se deslocou ao ministério por solidariedade.
Na reunião, além dos dirigentes das dez organizações sindicais que integram a plataforma, estão também o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, os dois secretários de Estado da Educação, Alexandra Leitão e João Costa, a secretária de Estado da Administração e do Emprego Publico, Fátima Fonseca, e o secretário de Estado do Orçamento, João Leão.
À porta, perto de mil professores concentraram-se para marcar o ritmo à reunião: "O tempo é para contar, não para apagar!", "942, agora e não depois". Catarina Crespo, Sandra Pedro, Sílvia Ribeiro e Helena Alves, todas de Lisboa, aguardavam com expectativa o desfecho da reunião. Querem que o Governo aceite a recuperação faseada dos nove anos, quatro meses e dois dias se serviço congelados e terminar a greve que dura há semanas.
"A expectativa criada por este governo foi enorme. As pessoas acreditaram que estávamos num tempo de mudança", lamentou Júlia Vale.