
Jorge Pinto, candidato à Presidência da República
Foto: Pedro Correia
O candidato a presidente da República apoiado pelo Livre, Jorge Pinto, quer ser a "boa surpresa" dos debates com os seus adversários e espera conseguir convencer os eleitores indecisos a votar na sua candidatura.
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"Eu venho para fazer diferente, espero ser a boa surpresa dos debates, até porque percebo bem que a minha menor notoriedade, quando comparada com outros candidatos, vai fazer com que muitas pessoas me descubram nesses debates", afirmou, em declarações à Lusa durante uma iniciativa de contacto com estudantes universitários, em Lisboa.
O candidato a presidente da República considerou que os frente a frente televisivos podem ser uma oportunidade para convencer eleitores a votarem em sim.
"Com tantos indecisos, com tantas pessoas que dizem que têm um candidato já escolhido mas que estão dispostas a mudar se houver outro candidato que as convença, eu quero muito ser a pessoa que vai buscar esses indecisos e que vai convencer essas pessoas que pensam votar num outro candidato que há uma alternativa que está mais bem colocada e que está mais disposta a ser o presidente da República que o país precisa no momento histórico que vive", referiu.
"Eu vou falar a todos, incluindo aqueles que estão desiludidos com a política, que já possam ter votado em partidos de direita e até de extrema-direita, mas que possam ver na minha candidatura alguém que as ouve, alguém que fala com elas e que traz as suas inquietações também para o centro da política portuguesa", indicou.
Jorge Pinto espera que nos debates que arrancaram na segunda-feira se debatam "as questões que interessam verdadeiramente aos portugueses" e "as responsabilidades e o mandato do presidente da República".
"Há competências que são específicas do presidente da República e é isso que eu quero que esteja em cima da mesa. Por exemplo, que discutamos o que é que fariam os outros candidatos num cenário que não é de todo impossível, de uma invasão militar ilegal para a qual pudessem querer arrastar Portugal", exemplificou.
No entanto, antecipou que "muitos dos debates se vão resumir à espuma dos dias, se vão resumir aos chavões de um disco riscado em que se diz exatamente o mesmo, independentemente da pergunta colocada".
Sobre o pacto para a saúde apresentado por António José Seguro, candidato apoiado pelo PS, Jorge Pinto salientou que no lançamento da sua candidatura propôs "um pacto republicano que abrangia tudo isso, porque estas questões são estruturais e estruturantes da República" e "não podem ser respondidas apenas com uma parte dos agentes".
"Estou muito aberto a todos esses pactos, mas quero que eles se concretizem e que sejam mais do que apenas números de retórica num debate político", referiu o candidato e deputado do Livre.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o presidente da República em democracia.
Às eleições presidenciais anunciaram, entre outros, as suas candidaturas António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD).
Segundo o portal da candidatura, do Ministério da Administração Interna, há mais 31 cidadãos que se encontram a recolher assinaturas para uma candidatura à Presidência.
