“Temos de despolarizar e desradicalizar as sociedades. Criar espaço para o diálogo e a cooperação”, defendeu ao JN José Luís Carneiro, a propósito da apresentação, este sábado à tarde no Clube Fenianos Portuenses, do seu livro “Ganhar o futuro”, que reúne intervenções e artigos de opinião que fez durante a pandemia.
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Os textos que integram o livro, já lançado em dezembro, “ilustram o modo como a sociedade portuguesa e as suas instituições responderam a uma crise desconhecida nas suas causas, no seu desenvolvimento e nos seus efeitos mais graves. Na saúde, na economia e na adaptação das instituições”, referiu o ministro da Administração Interna. A obra remonta ao tempo em que foi secretário-geral adjunto do PS, deputado e vice-presidente do grupo parlamentar. A sua apresentação neste sábado, pelas 17 horas, será feita por Teresa Sá Marques e João Teixeira Lopes.
União contra crises
Ao JN, José Luís Carneiro acrescentou que “a pandemia mostrou a importância de a União Europeia responder às crises como um todo”. “O programa europeu que permitiu o lay-off, evitando a falência das empresas e o desemprego, e o Plano de Recuperação e Resiliência são exemplos de respostas que devem ser consolidadas no futuro”, defendeu o socialista.
Da “aprendizagem feita a partir da pandemia”, destaca a criação da Direção-Executiva do SNS e a dedicação plena, a agenda para o trabalho digno e o combate à precariedade. As "opções de política voltadas para a maior autonomia estratégica europeia e nacional no setores do agro-alimentar, da saúde e das cadeias de abastecimento" são outros "exemplos das lições aprendidas".
Lançado na semana das eleições no PS, em que disputou a liderança, o livro tem prefácio de Carlos César, presidente do partido que fez rasgados elogios a Carneiro. O apoiante de Pedro Nuno Santos reagiu dizendo que o escreveu “há um ou dois anos”. E “imagine-se o que diria de elogioso se prefaciasse um livro do Pedro Nuno”, atirou há cerca de um mês.