As crianças e jovens do Bairro das Enguardas, em Braga, fotografaram pormenores e pessoas do local onde vivem e, depois, transformaram esses fragmentos em dois murais gigantes nas fachadas dos prédios. A iniciativa resultou do projeto MAPA (Movimento de Arte Pública Alternativo).
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As pombas que não saem de vista, os becos das quais se costumam afastar, os sacos de plástico das compras pousados no chão ou aqueles moradores que despertam mais atenção. Foram as imagens mais retratadas pelas crianças ao abrigo do projeto MAPA (Movimento de Arte Pública Alternativo), promovido pelo Município de Braga e com financiamento europeu.
Carolina Quinteiro, de 12 anos, foi uma das mais ativas nas sessões que arrancaram em abril do ano passado, com a orientação dos profissionais do centro artístico Casa ao Lado.
"Estraguei muita roupa a fazer estes murais", afirma a jovem, sorridente, confessando que agora olha para aquelas duas fachadas "com orgulho". "Muita gente da minha escola já veio aqui tirar fotos para postar no Instagram", conta Carolina, no final de uma visita guiada pelas obras artísticas que criaram, que decorreu esta semana.
Temos os nossos conflitos, mas depois ficamos todos amigos outra vez
A visita, com um audioguia em que os moradores contam a história das imagens, foi o culminar de quase dois anos de trabalho que, além dos murais nas fachadas do bairro, também incluíram uma intervenção artística no muro da Escola Básica das Enguardas.
Quem passa na estrada não fica indiferente à imagem colorida onde sobressai um conjunto de mãos unidas. "Temos os nossos conflitos, mas depois ficamos todos amigos outra vez", justifica Carolina.
A jovem diz que criar obras de arte "foi uma experiência de outro mundo". Mas, pelo meio, o projeto permitiu ainda que integrassem oficinas que pôs os participantes em contacto com técnicas como serigrafia, gravura ou impressão.
O nosso interesse foi que eles se pudessem exprimir, ter uma opinião e sentirem que ficou ali uma marca
"Que peças podiam ser criadas a partir dos murais? Como podiam criar o próprio emprego a partir de uma imagem? Como é que podiam criar um roteiro cultural?", foram alguns dos desafios lançados pela equipa da Casa ao Lado, explica a diretora artística, Joana Brito.
"O nosso interesse foi que eles se pudessem exprimir, ter uma opinião e sentirem que ficou ali uma marca", conclui Ricardo Miranda, outro dos diretores artísticos. v
Carolina Quinteiro, de 12 anos, foi uma das mais ativas nas sessões que arrancaram em abril do ano passado, com a orientação dos profissionais do centro artístico Casa ao Lado. "Estraguei muita roupa a fazer estes murais", afirma a jovem, sorridente, confessando que agora olha para aquelas duas fachadas "com orgulho". "Muita gente da minha escola já veio aqui tirar fotos para postar no Instagram", conta Carolina, no final de uma visita guiada pelas obras artísticas que criaram, que decorreu esta semana.
A visita, com um audioguia em que os moradores contam a história das imagens, foi o culminar de quase dois anos de trabalho que, além dos murais nas fachadas do bairro, também incluíram uma intervenção artística no muro da Escola Básica das Enguardas. Quem passa na estrada não fica indiferente à imagem colorida onde sobressai um conjunto de mãos unidas. "Temos os nossos conflitos, mas depois ficamos todos amigos outra vez", justifica Carolina.
Foi uma experiência de outro mundo
A jovem diz que criar obras de arte "foi uma experiência de outro mundo". Mas, pelo meio, o projeto permitiu ainda que integrassem oficinas que pôs os participantes em contacto com técnicas como serigrafia, gravura ou impressão. "Que peças podiam ser criadas a partir dos murais? Como podiam criar o próprio emprego a partir de uma imagem? Como é que podiam criar um roteiro cultural?", foram alguns dos desafios lançados pela equipa da Casa ao Lado, explica a diretora artística, Joana Brito.
"O nosso interesse foi que eles se pudessem exprimir, ter uma opinião e sentirem que ficou ali uma marca", conclui Ricardo Miranda, outro dos diretores artísticos.