Os jovens portugueses voltaram a sair de casa dos pais, no ano passado, antes de completarem 30 anos. Em 2022, a idade média de saída da habitação dos progenitores ficou nos 29,7 anos.
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O indicador voltou a melhorar, depois de, em 2021, a idade média de saída de casa dos pais, em Portugal, ter ficado nos 33,6 anos. De acordo com o jornal "Público", que cita dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, os jovens portugueses voltaram a sair de casa dos progenitores antes dos 30 anos. Os valores aproximam-se dos números registados antes da pandemia, mas ainda estão acima dos verificados em 2018 (28,9) e 2019 (29).
Ainda segundo o Eurostat, há diferenças entre géneros: são os homens (30,4 anos) a sair mais tarde de casa dos pais, em comparação com as mulheres (29). Portugal mantém-se acima da média da União Europeia (UE), que apontava para os 26,4 anos. O território nacional continua a ser um dos Estados-membros onde se sai mais tarde da habitação dos progenitores.
Os especialistas consideram que a falta de habitação acessível e os baixos salários explicam a realidade portuguesa. Uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF mostrou que os jovens portugueses estão preocupados com a instabilidade financeira, a habitação e a precariedade no emprego.
Na lista do Eurostat, à frente de Portugal, estão Itália (30 anos), Malta (30,1), Espanha (30,3), Bulgária (30,3), Grécia (30,7), Eslováquia (30,8) e Croácia (33,4).
A tabela apresentada pelo Eurostat permite perceber que os países do sul e do leste da Europa são aqueles onde se regista a idade mais tardia de saída de casa dos pais. O mesmo não acontece nos países nórdicos, como por exemplo, na Finlândia, onde a idade média está nos 21,3 anos.