A JSD lançou um concurso, direcionado a jovens até aos 30 anos e no valor de 1500 euros, para redesenhar a sua identidade gráfica. O novo líder, Alexandre Poço, diz que o objetivo é dar um "sinal" de que é necessário proteger aqueles que "nem o primeiro emprego conseguem arranjar".
Corpo do artigo
O concurso, divulgado no domingo, é exclusivo para "jovens designers que estejam desempregados ou no início de carreira", lê-se no comunicado da Juventude Social-Democrata (JSD). A iniciativa, prossegue o documento, visa "chamar a atenção para o crescimento do desemprego jovem".
"Por mais simples que seja, queremos dar um sinal à comunidade de que os jovens merecem todo o apoio. Os jovens têm sido os principais sacrificados pelo desemprego provocado pela crise da covid-19", diz Alexandre Poço.
O presidente da JSD sustenta que a "primeira tentação" das empresas é despedir os jovens. Como tal, defende que faz "todo o sentido que a JSD esteja na linha da frente a apostar nas novas gerações", não só através deste tipo de iniciativas como, também, a alertar o Governo para a necessidade de proteger os jovens e de "criar incentivos" que os defendam.
O concurso, aberto até 31 de agosto, apenas permite participações a título individual "ou através de sociedades unipessoais próprias", estando por isso excluídas as agências de publicidade ou de comunicação.
Os concorrentes terão de enviar um banner para website, um exemplo de post para as redes sociais e um template de um documento. A proposta vencedora será a nova imagem da "jota" a partir de setembro.
Líder quer JSD "apelativa"
Ao JN, Alexandre Poço diz que a JSD preferiu ir ao encontro das necessidades dos jovens "em vez de adjudicar a uma empresa" a mudança da imagem da organização.
O líder da "jota" garante que este não será um caso isolado, mas sim uma marca do seu mandato: "Prevemos pensar, ao longo do tempo, em iniciativas que abram a estrutura e a tornem mais atrativa e apelativa para as novas gerações".
Alexandre Poço tem 28 anos, foi eleito deputado nas últimas legislativas e é líder da JSD desde o fim de julho, após ter derrotado Sofia Matos, candidata próxima de Rui Rio. Recentemente, esteve em foco ao ser um dos sete deputados do PSD que quebraram a disciplina de voto e se opuseram ao fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro, proposto pelo próprio partido.