O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, reafirmou, na manhã desta sexta-feira, que a obrigatoriedade do uso de máscaras se mantém "nos lares, nas instituições de saúde e nos transportes públicos", mas chamou a atenção para o facto de haver sempre "um nível de responsabilização individual".
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Lacerda Sales falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, onde foi lançado o Telemonit SNS 24, um sistema que permite monitorizar os doentes em ambulatório, através de uma aplicação de telemóvel.
Questionado sobre a mais recente resolução do Conselho de Ministros em relação à obrigatoriedade do uso de máscaras, o governante referiu que "cada um fará aquilo que entende que deve fazer", mas lembrou, a propósito da responsabilização individual, que os doentes imunocomprometidos devem continuar a usar a máscara "em determinados contextos".
Quanto à possibilidade de o Governo voltar atrás na decisão, afirmou que se trata de um "processo dinâmico", acrescentando: "A nível global, a única certeza que temos é sempre a incerteza e a única coisa permanente é sempre a mudança. Portanto, estamos sempre a tempo de nos ajustarmos àquilo que é a evolução da própria doença".
O secretário de Estado afirmou ainda que a resolução do Conselho de Ministros "é explícita e esclarecedora naquilo que é esta questão da queda de máscara nos interiores, nomeadamente nas escolas". "Parece-me a mim que não há dúvida nenhuma", disse ainda, lembrando que a obrigatoriedade se mantém apenas "nos lares, nas instituições de saúde e nos transportes públicos".
Por outro lado, referiu que a medida foi tomada "em função daquilo que tem sido a evolução da pandemia, em função daquilo que tem sido a evolução dos indicadores e a estabilidade dessa evolução dos indicadores". Acrescentou que o Conselho de Ministros "esperou oito dias, praticamente, após o período de Páscoa", para tomar a decisão.