"Várias dezenas" de autocarros transportaram "largas centenas" de empresários do Norte que vão engrossar a manifestação do setor da restauração, esta quarta-feira à tarde, frente ao Parlamento, em Lisboa, garante Daniel Serra, presidente da Pro.Var (Associação Nacional de Restaurantes).
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De acordo com um inquérito promovido pela Pro.Var, a associação prevê que cerca de 20% das empresas já tenham fechado definitivamente ou provisoriamente. E o receio de Daniel Serra é que sem "apoios efetivos" essa percentagem suba para os 50% e atire para o desemprego 100 mil trabalhadores, o que seria uma fatura ainda bem pesada para o Estado pagar.
"O que pedimos é que nos ajudem neste momento para que possamos retribuir no futuro e voltar a ajudar o país a crescer", frisa ao JN.
A expectativa de adesão ao protesto, convocado pelo movimento Sobreviver a Pão e Água, é elevada. Muitos empresários adiaram a decisão de fecho ou despedimentos na esperança que os deputados consigam aprovar alterações ao Orçamento do Estado que traduzam apoios eficazes que salvem o setor.
O problema das medidas anunciadas pelo Governo, critica, é que excluem "metade dos empresários", por terem capitais próprios negativos ou serem empresas em nome individual, por exemplo. E mesmo para os que são elegíveis, valores de 7500 euros para acudir a perdas superiores de 50% de faturação é muito insuficiente, explica.
A Pro.Var defende que sejam criados três escalões de apoios, sendo atribuídos consoante os níveis de perda. A redução do IVA na restauração e a isenção da Taxa Social Única (TSU) são outras medidas reivindicadas como essenciais.