A Longa Vida diz que não está provada a correlação entre as torres de refrigeração do seu centro de distribuição em Perafita (Matosinhos) e o surto de legionela que está a afetar os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
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A empresa do grupo Nestlé garante que continuará a colaborar com a investigação para apurar "a verdade".
"A Longa Vida não recebeu nenhuma notificação, de qualquer autoridade, que a informe sobre o estabelecimento de uma correlação entre a bactéria detetada nas torres de refrigeração do seu centro de distribuição - encerradas desde 11 de novembro - e as pessoas afetadas por este surto", afirma, em comunicado, a Longa Vida.
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No comunicado, a empresa do grupo Nestlé diz ainda que a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS/Norte) "não refere que o centro de distribuição da Longa Vida é a origem do surto".
A ARS/Norte, no entanto, a 17 de novembro, dava conta de que, depois de uma análise preliminar positiva, foram desligadas "as torres de refrigeração de duas indústrias de Matosinhos". As inspeções englobaram dezenas de análises em empresas, centros comerciais e hospitais de Matosinhos e Vila do Conde. Um dia depois, Longa Vida e Ramirez admitiam que as suas torres foram desligadas, preventivamente, a 11 de novembro.
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No dia 19, a Ramirez anunciava que as suas análises deram negativo para Legionela Pneumophila. Um dia depois, a Longa Vida admitia ter sido encontrada a bactéria nas suas torres, mas garantia não estar ainda provada a correlação com o surto.
Este domingo, a ARS/Norte afirma que, desde que foram desligadas as torres e volvidos os 14 dias (o período de incubação da doença), "não ocorreu nenhum novo caso" e os dois únicos que deram entrada nos hospitais eram "doentes, cujo início de sintomas se verificou na primeira quinzena de novembro". Afirma ainda que, sendo a bactéria mais ou menos comum em Portugal, "é expectável que surjam novos casos", mas "não associáveis a este cluster".