O ministro da Presidência criticou os apoios do Estado a "maus negócios" e a quem fez "investimentos errados". António Leitão Amaro, esteve, esta segunda-feira, numa conferência sobre desenvolvimento económico e social, no Porto, onde considerou que o país está “longe do potencial que pode ser atingido”.
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Atrair mais imigrantes qualificados
Durante o seu discurso, o governante insistiu ainda na necessidade de uma “política de imigração mais regulada”, de forma a “redirecionar o fluxo para atração de talento mais qualificado”, defendendo que quando se recruta é preciso criar condições para a integração.
O ex-primeiro-ministro Durão Barroso, também presente no evento, defendeu um “equilíbrio”. “A verdade é esta, e se não fizermos isto, vamos ter movimentos radicais, populistas, xenófobos, até racistas”, alertou, mas salientando que sem imigrantes Portugal “parava”.
Na conferência, que teve lugar na Casa da Música, participaram figuras de relevo, como o historiador económico Nuno Palma, que criticou o uso de fundos europeus de coesão, por falharem na convergência e “alimentarem as instituições extrativas”. “Mais tarde ou mais cedo os fundos acabarão e Portugal irá enfrentar uma crise económica enorme”, salientou.
Já o prémio Nobel da Economia, James Robinson, alertou para uma fé “em queda” na democracia e instituições democráticas. E deu como exemplo países como os da América Latina, onde a democracia foi “desapontante” face às expectativas.