Líder mais inspirador e equipa mais competente: AD é a força política preferida dos portugueses
O sinal é notório e expressa-se através da maioria: para 63% dos portugueses, a Aliança Democrática vai renovar o triunfo nas legislativas, apesar de só 43% considerarem que a vitória é merecida. A conclusão é da sondagem da Pitagórica para o JN, TSF e TVI/CNN, onde a coligação ganha aos adversários em dez indicadores.
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Do líder mais eficaz e inspirador à equipa mais preparada e competente, a coligação PSD/CDS é a força política que aparece melhor classificada - e até bastante destacada - entre as restantes, aproximando-se do PS apenas num indicador: o comprometimento com a redução das desigualdades sociais. Sobre o tema, a AD merece o aval de 24% dos inquiridos pela Pitagórica, enquanto o PS reúne a preferência de 22%. De resto, a atual força política no Governo distancia-se dos demais, até em temas como segurança e imigração, que o Chega tanto se esforça por erguer.
Para 32% dos que responderam ao inquérito, a AD é quem apresenta as políticas mais justas e eficazes em relação à imigração, mais do dobro do Chega (15%). O PS atraiu o “voto” de 18%. Já sobre quem oferece as melhores propostas em termos de segurança, a AD foi a escolhida por 35% e o Chega por 17%, uma proporção superior - a única - ao PS (16%). A coligação PSD/CDS também aparece bem classificada quando o assunto envolve o crescimento do país: para 40% dos portugueses, a AD é quem apresenta a melhor estratégia de desenvolvimento económico, um indicador onde o PS se ficou pelos 18% e o Chega pelos 6%, abaixo da Iniciativa Liberal, que obteve 9%.
Em questões como o plano ambiental, a melhoria do SNS e a reforma do sistema educativo, a AD também ganha aos adversários. O melhor resultado é sobre as qualidades do elenco político, em que a coligação PSD/CDS apresenta a equipa mais preparada e competente para 43% dos inquiridos, ao passo que o PS conquista 22% e o Chega não passa dos 4%. Com 31%, a AD é também quem tem os quadros políticos mais sérios. Neste indicador, 16% é da opinião que nenhum partido merece a sua preferência, metade da percentagem obtida pela Iniciativa Liberal, que bate o Chega por um ponto.
Ventura mais inspirador que Pedro Nuno. Tavares ganha a Rocha
Na única questão que associa diretamente uma figura política, a Aliança Democrática também sai vitoriosa. Luís Montenegro é o líder mais eficaz e inspirador para 30% dos portugueses, seguido por André Ventura, presidente do Chega, que ganha a Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, por um ponto. Na lista apurada pela Pitagórica, Rui Tavares, do Livre, aparece à frente de Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, com 9% e 6%, respetivamente. Já 15% dos inquiridos consideram que nenhum dos líderes é eficaz ou inspirador.
Este indicador apresenta diferenças assinaláveis entre homens e mulheres: Luís Montenegro, Rui Tavares, Rui Rocha e André Ventura são os favoritos do sexo masculino - para o líder do Chega, a diferença é de dez pontos -, enquanto Pedro Nuno Santos conquista mais o sexo oposto. Por faixas etárias, o presidente do PSD reúne mais apoiantes a partir dos 45 anos, assim como o secretário-geral socialista, ao passo que os líderes do Livre e do Chega conquistam mais fãs nas gerações mais jovens. Sobre a classe social, a preferência de Luís Montenegro é transversal; já André Ventura atrai mais a classe média e Pedro Nuno Santos os pensionistas e os mais pobres.
As tendências são semelhantes quando as perguntas são sobre quem merece ganhar as eleições e sobre quem vai efetivamente vencê-las. Os homens são o motor da força da AD e do Chega, enquanto as mulheres alavancam o PS; são os mais velhos que estão ao lado da coligação PSD/CDS e dos socialistas e os mais novos junto ao partido de André Ventura.
Ficha técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF e JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a atualidade do país. O trabalho de campo decorreu entre os dias 24 e 29 de março de 2025. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. Foram realizadas 1626 tentativas de contacto, para alcançarmos 1000 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 61,50%. As 1000 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 3,16% para um nível de confiança de 95,5%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social, que os disponibilizará para consulta online.