O distrito de Lisboa é o que tem os combustíveis mais caros do país, enquanto Santarém e Castelo Branco surgem no extremo oposto. A informação consta de um estudo da plataforma de comparação de preços “Kuantokusta” que concluiu que a diferença entre regiões pode chegar perto dos quatro cêntimos por litro.
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O mercado dos combustíveis está liberalizado e o preço é livre, motivo pelo qual existem diferenças regionais na formulação dos preços do gasóleo e da gasolina. Segundo o estudo, o preço médio da gasolina 95 no distrito de Lisboa era, a 15 de abril, de 1,804 euros por litro, o mais caro do país. No fim da lista está Santarém, com o preço da gasolina 95 mais baixo, a 1,773 euros por litro. A diferença entre Lisboa e Santarém é de 0,031 euros por litro, ou de 1,55 euros por cada depósito.
Ligeiramente maior é a diferença do gasóleo simples. Neste caso também é Lisboa que tem o preço médio mais alto (1,667 euros por litro), mas é em Castelo Branco que está o valor médio mais baixo (1,630 euros). A diferença é de 0,037 euros, ou 1,85 euros num depósito de 50 litros.
Nos combustíveis especiais, Lisboa também tem o preço mais alto do gasóleo e da gasolina. Os distritos de Santarém, Castelo Branco e Coimbra têm a gasolina especial mais barata, ao passo que o melhor preço médio do gasóleo especial está no Alto Minho, em Viana do Castelo.
Tendência para baixar
A tendência futura é, segundo todas as organizações ligadas ao setor, de descida dos preços. Embora se espere que as novas tarifas aduaneiras dos Estados Unidos da América possam agravar a inflação de muitos produtos, nos combustíveis acontece o efeito inverso.
A Deco Proteste aponta cinco fatores a contribuir para a baixa dos preços. Desde logo a perspetiva de recessão mundial que abranda o consumo e reduz a procura. Depois, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo prometeu colocar mais combustível no mercado em maio, aumentando a oferta.
O terceiro fator é a baixa do preço do barril, que está em 60 euros, quando costumava oscilar pouco entre os 70 e os 75 dólares. A isto junta-se a valorização do euro face ao dólar e, por fim, há que contar com a descida dos preços de referência que estão no valor mais baixo dos últimos dois anos.
A nível nacional, os preços estão a descer desde janeiro. Em quatro meses, o gasóleo baixou 12 cêntimos e a gasolina seis cêntimos. Em 12 dos 18 distritos, o Intermarché tem o preço mais baixo de gasóleo simples.