Lisboa tem o preço mediano da habitação na avaliação bancária, por metro quadrado, mais alto em Portugal, e Celorico da Beira (distrito da Guarda) o mais baixo, revelam dados publicados pela Pordata a propósito das eleições autárquicas.
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No que concerne à habitação, "Lisboa é o município com o mais alto valor mediano por m2 [metro quadrado], na avaliação bancária, com 3826 euros em 2024, o que representa um crescimento de quase 23% face a 2021 (o valor era de 3113 euros)".
Já "Celorico da Beira é o município com o valor mediano do m2 das casas mais baixo, na avaliação bancária: 574 euros".
Em causa estão dados publicados pela Pordata, base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que a partir de hoje, a um mês das eleições autárquicas de 12 de outubro, disponibiliza um portal com 41 indicadores organizados por sete temas (população; educação; habitação; emprego e empresas; acesso a serviços e cultura; turismo; território e ambiente) para os 308 municípios portugueses.
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De acordo com informação do portal, Ponta do Sol, na Região Autónoma da Madeira, é ainda "o município com o maior crescimento no valor mediano do m2 [metro quadrado] das casas, na avaliação bancária, passando de 1118 euros em 2021 para 1861 euros em 2024, um crescimento de 66.4%".
Entre 2021 e 2024, entre os cinco municípios com maior taxa de variação no valor mediano da avaliação das casas, encontram-se três municípios madeirenses: Ponta do Sol, Ribeira Brava e Santa Cruz.
Logo a seguir a Ponta do Sol, em segundo lugar está a Ribeira Brava, onde a taxa de variação no valor mediano de avaliação das casas foi de 65,1% (1013 euros/m2 para 1672 euros/m2) entre 2021 e 2024, seguida, em terceiro lugar, pelo Entroncamento (distrito de Santarém), com uma taxa de variação de 61,5% (647 euros para 1045 euros por m2).
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Completam os cinco primeiros o concelho de Constância (distrito de Santarém), com uma taxa de variação de 61,3%, tendo passado de 651 euros para 1050 euros por metro quadrado, e Santa Cruz (Madeira), com uma taxa de variação de 59,8%, passando de 1127 euros para 1801 euros por metro quadrado.
Em sentido contrário, a taxa de variação foi negativa em 2,5% em Grândola (distrito de Setúbal), tendo o preço mediano da avaliação descido de 2143 euros para 2090 euros por metro quadrado.
Já em terreno positivo, mas com a menor subida, estão Idanha-a-Nova (distrito de Castelo Branco), com uma taxa de variação de 0,5% (582 euros para 585 euros por metro quadrado), Vouzela (distrito de Viseu), com 6,9% (696 euros para 744 euros), Campo Maior (distrito de Portalegre), com 7,3% (768 euros para 824 euros) e Velas (ilha de São Jorge, na Região Autónoma dos Açores), com 7,6% (816 euros para 878 euros).
"A Amadora é o município com mais casas de habitação por km2 [quilómetro quadrado], com 3.643 casas", indicam ainda os dados.
Já o concelho de Lagoa, na ilha de São Miguel (Açores), "é o município onde se construíram mais casas novas no triénio 2022-2024, em percentagem face às existentes: 238".
As eleições autárquicas, marcadas para 12 de outubro, realizam-se nas 3092 freguesias dos 308 municípios de Portugal, envolvendo votações para as respetivas Câmaras Muncipais, Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesias.