A Câmara de Lisboa prevê investir mais de 30 milhões de euros na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, mas quanto vai custar o evento e qual a comparticipação do Estado só se saberá "daqui a um ou dois meses", adiantou ao JN o coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ, José Sá Fernandes.
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Depois da Câmara de Lisboa ter percebido que não tinha dinheiro para assumir todas as obras que lhe estavam atribuídas no âmbito da JMJ, o presidente da autarquia pediu ao Estado, há um mês, que comparticipasse o megaevento. O Governo aceitou fazê-lo, mas ainda não revelou quanto vai gastar. Questionado sobre esta verba, o coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ disse ao JN que "daqui a um mês ou dois o governo decidirá o orçamento previsto". "Eram tarefas que o governo não estava à espera de fazer", justificou.
O vice-presidente da autarquia Filipe Anacoreta Correia revelou, esta semana, que prevê investir "mais de 30 milhões de euros" na Jornada Mundial da Juventude. Um valor que "ainda está em avaliação", mas que foi possível apurar com mais precisão depois de "concluído o processo de clarificação das diferentes incumbências a todas as entidades envolvidas" na organização do evento.
Anacoreta Correia apresentou, esta quarta-feira, em reunião do executivo, uma proposta sobre "o envolvimento do município na preparação da Jornada", que foi aprovada com o voto contra do BE e a abstenção da vereadora Paula Marques.
O documento, no qual estas tarefas são delegadas à autarquia, continua, porém, por assinar. "Deve faltar qualquer coisa e estão a tratar disso, mas acho que está para breve. Não é nada que vá provocar atrasos consideráveis", revelou Sá Fernandes. O JN apurou junto de fonte da Câmara de Lisboa que a autarquia aguarda indicação do Governo para assinatura do documento. Os planos de segurança, saúde e mobilidade, que há um mês também estavam dependentes do município para avançarem, são agora da competência do Estado.