Doentes que ultrapassaram tempos máximos e aceitarem integrar lista extraordinária serão operados até 31 agosto.
Corpo do artigo
Os doentes que estão a aguardar cirurgia há mais tempo do que o máximo legal e não têm a intervenção agendada até 31 de dezembro nos respetivos hospitais vão integrar uma lista extraordinária e ser transferidos para unidades dos setores privado e social para serem operados até 31 de agosto de 2025. Ao contrário do programa dos doentes oncológicos, a recuperação da lista de espera dos doentes sem patologia oncológica será feita fora do SNS.
Chama-se Plano de Curto Prazo de Melhoria do Acesso a Cirurgia Não Oncológica (PCPMACNO) e insere-se no Plano de Emergência e Transformação da Saúde do Governo. O objetivo é resolver os milhares de doentes inscritos em cirurgia (de qualquer especialidade e prioridade), que já ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido (TMRG) e que não têm cirurgia agendada até ao fim do ano, um esforço que foi pedido aos hospitais em julho passado. Findo este período, explicou o Ministério da Saúde ao JN, o grupo de trabalho que gere as listas de espera “apurou a lista dos doentes que as instituições do SNS não agendaram para que os setores social e privado pudessem intervir em complementaridade do SNS”. Anteontem, havia 69786 doentes nessa condição, segundo dados da Direção-Executiva do SNS.