Livro branco para a inteligência artificial será apresentado em março
A presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) considerou “absolutamente fundamental” que exista em Portugal um enquadramento ético-jurídico para regulamentar a utilização da inteligência artificial (IA), nomeadamente na área da saúde, acompanhando o que está a ser feito na União Europeia.
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Segundo Maria do Céu Patrão Neves, a tecnologia deve servir para “coadjuvar”, mas nunca substituir os humanos. “A regulamentação da União Europeia é inequívoca ao afirmar que qualquer utilização de sistemas de inteligência artificial deve cumprir os direitos e os valores fundamentais identitários da nossa civilização”, disse ao JN a presidente do CNECV, esta quinta-feira, em Braga, à margem da apresentação do livro branco “Inteligência Artificial: inquietações sociais, propostas éticas e orientações políticas”.
Maria do Céu Patrão Neves sublinhou que o evento desta sexta-feira, na Universidade do Minho, permitiu recolher “ideias e sugestões” para concluir o documento, que o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida quer apresentar em março, procurando depois chegar à Assembleia da República.