A afluência às urnas nas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores foi de 13,77% até às 11 horas (hora local, menos uma do que em Portugal continental).
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Em 2020, à mesma hora, esta afluência ficou-se pelos 9,12% e quatro anos antes foi ainda mais baixa, situando-se nos 7,47%. A abstenção foi de 54,59% em 2020 e de 59,15% em 2016.
As eleições antecipadas para o parlamento dos Açores - as primeiras na história da autonomia do arquipélago - foram convocadas pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que dissolveu a assembleia após o chumbo, no final de 2023, do Plano e Orçamento deste ano.
O documento mereceu os votos contra do PS, do BE e da IL, e as abstenções do Chega e do PAN. O deputado independente votou a favor.
O número de eleitores inscritos nas eleições de é de 229.830, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
"Tenho estado, por contacto telefónico, a saber como estão a acontecer as eleições em várias mesas de votos, e tenho recebido notícia de boa afluência. Felizmente esta manhã o tempo está bom", disse José Manuel Bolieiro, presidente do PSD/Açores, após ter votado, pelas 11.15 horas locais, na biblioteca da freguesia da Fajã de Baixo, em Ponta Delgada.
"Aqueles que ainda não foram exercer o seu direito de dever de voto, que o façam, preferencialmente, durante este período em que o tempo está melhor, num exercício de plena liberdade e de cidadania", apelou.
O candidato do PS a presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, também apelou ao voto nas eleições legislativas regionais, considerando que em causa está o futuro do arquipélago.
"Hoje, a única coisa que eu gostaria de transmitir é um apelo forte a que as açorianas e os açorianos exerçam esse direito de votar, cumpram esse direito de votar, porque o que está em causa é o futuro dos Açores", afirmou Vasco Cordeiro, após ter exercido o direito de voto, na Junta de Freguesia de São José, em Ponta Delgada.
O líder do Chega/Açores, José Pacheco, votou na Ribeira Chã, concelho da Lagoa, em dia de aniversário. "Hoje o povo deposita o voto em urna e diz o que precisa de nós, de cada partido. E eu espero que a pluralidade da democracia continue a vencer", disse. "Depois não há grande legitimidade, quando não se vota, para vir reclamar. As pessoas têm que perceber que têm de votar, têm que exercer o seu direito de voto, seja em branco, seja nulo, seja no partido que quiserem".
O líder da Iniciativa Liberal nos Açores, Nuno Barata, desejou que "o maior número de açorianos possível" vote nas legislativas regionais, referindo que este é o dia da "festa da democracia", depois de votar na Escola Primária da Matriz, nas Anexas, em Ponta Delgada.
Artur Lima, líder do CDS-PP/Açores, mostrou-se confiante numa maior participação dos eleitores. "Eu julgo que, este ano, a abstenção vai ser menor e que a população vai participar muito mais, não digo massivamente, porque não será o caso. Infelizmente, as pessoas estão descrentes da política", afirmou, à porta da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
No mesmo sentido, o porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves, defendeu que "a abstenção não pode ganhar" e que "a democracia tem que respirar". O candidato votou na Escola EB1/JI dos Foros, na cidade da Ribeira Grande, acompanhado pelo filho menor, frisando a importância do voto, um ato simples, sem burocracias.
António Lima, líder do BE/Açores, exerceu o seu direito de voto na vila das Capelas, no concelho de Ponta Delgada, e pediu que os votantes "não deixem nas mãos de outros a sua decisão do que querem para o futuro" e garantam "que a democracia é valorizada, sabendo que ela nunca é totalmente garantida".