Tempos de espera no Hospital de Santa Maria dispararam este fim de semana. Neste domingo, doentes urgentes chegaram a esperar em média 17 horas para serem observados pelo médico. Unidades de Lisboa são as mais pressionadas.
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Depois de duas semanas “passadas com tranquilidade”, os tempos de espera na urgência do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, dispararam este fim de semana com a chegada de mais doentes das unidades envolventes e de “doentes mais complexos”.
Perante uma semana que se antevê difícil, o maior hospital do país abre esta segunda-feira mais 10 camas para doentes com infeções respiratórias e 25 camas de proximidade.
No domingo de manhã, o tempo médio de espera para quem tinha pulseira amarelas (uma hora para observação médica) chegou às 17 horas na urgência geral do Hospital de Santa Maria.
A pressão manteve-se ao longo de todo o dia e ao final da tarde mantinha-se acima das 12 horas.
O presidente do Conselho de Administração daquela Unidade Local de Saúde (ULS) justificou o elevado tempo de espera para doentes urgentes com o aparecimento de “doentes mais complexos”, alguns emergentes em simultâneo e com mais doentes de outros hospitais da região.
Ainda assim, garantiu que a unidade hospitalar tem capacidade instalada.
“Tivemos uma situação anómala, ou seja, um crescimento superior àquilo que era a casuística das últimas semanas”, afirmou Carlos Martins, referindo-se a sábado.
O administrador hospitalar garantiu que o elevado tempo de espera não se relaciona com a falta de médicos, uma vez que “as dotações estão de acordo com o estava planeado”.
Por ora, ainda não se justifica ativar a primeira fase do plano de contingência, mas se for necessário será ativado, assegurou.
Norte com menos pressão
As urgências de Lisboa e Vale do Tejo voltaram este domingo a ser as mais pressionadas.
Às 19 horas, o Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) registava um tempo médio de espera para doentes urgentes superior a oito horas e meia, segundo o Portal do SNS.
O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, apresentava quatro horas de espera para doentes com pulseira amarela.
No Norte, a maioria dos hospitais tinham tempos próximos do recomendado.