Morreram mais 31 pessoas por Covid-19 nas últimas 24 horas, em Portugal, num total de 535 óbitos desde o início da pandemia. Registam-se agora quase 17 mil casos de infeção, mais 349 do que no domingo. O Porto ultrapassou Lisboa no número de doentes, apesar de ter metade dos habitantes. O Norte soma quase 60% dos infetados.
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Relativamente a domingo, em que se registavam 504 mortes, hoje observou-se um aumento percentual de 6,2%, elevando para 535 (mais 31) o número total de óbitos. De acordo com os dados disponibilizados pela DGS, há agora 16.934 casos confirmados, mais 349, o que representa um aumento de 2,1% face a ontem. É a menor taxa de crescimento diária de novos casos desde 2 de março, em linha com a tendência dos últimos domingos, quando há menos centros de rastreio a funcionar.
O país tem 188 pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos - a maior quebra num só dia, com menos 40 casos - num total de 1187 hospitalizadas em unidades de saúde. O número de recuperados mantém-se em 277, tal como no boletim de situação epidemiológica divulgado no domingo. Segundo o novo documento, há 3264 pessoas a aguardar os resultados dos testes.
Porto lidera com mais infetados, Norte com quase 60%
A região Norte continua a ser a mais afetada pela pandemia de Covid-19, com 9984 casos confirmados de Covid-19 (quase 59% do total) e 303 óbitos. Lisboa e Vale do Tejo tem 3896 casos e 96 mortes e a região Centro tem 2477 casos e 123 óbitos. Nos Açores, o boletim regista quatro óbitos.
Apesar de ter menos de metade da população de Lisboa, o Porto tem já mais 16 infetados identificados do que a capital: a Invicta lidera agora a tabela dos municípios com mais casos positivos (921). No top dez, continuam mais cinco municípios da Área Metropolitana do Porto: Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo.
Retomar tratamentos
O Ministério da Saúde está a articular um plano de regresso à normalidade do sistema de saúde, em condições de segurança, e quer que os tratamentos programados não urgentes de doentes não Covid-19 sejam retomados nas próximas semanas, anunciou a ministra. Esse plano deve passar pela sinalização de casos prioritários pelos hospitais e pela identificação de equipas cirúrgicas a afetar.
Para Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, antes de tudo "é necessário definir a rede Covid-19 e a sua capacidade máxima e dizer a cada instituição o que é esperado dela". Lembra que os hospitais só podem dar uma resposta dual se tiverem testes e equipamentos de proteção individual para todos, profissionais e pacientes.
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