Agrupamentos receberam luz verde para comprar máscaras para o 3.º período, incluindo alunos do 1.º ciclo.
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Em contagem decrescente para dia 11, quando será anunciado o plano de desconfinamento que pode começar pelas escolas, mais alunos vão poder reservar refeições em regime de takeaway. Os diretores garantem que as escolas têm condições para alargar o serviço aos alunos abrangidos pelo escalão C da Ação Social Escolar e receber os filhos de professores em estabelecimentos de acolhimento. Medidas aprovadas pelo Parlamento e que os dirigentes consideram "positivas".
"Em escolas que gerem as suas cantinas basta convocar mais funcionários que, neste momento, estão a trabalhar de forma rotativa", assegura Manuel Pereira, presidente da Associação de Dirigentes Escolares (ANDE). Enquanto Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores (ANDAEP), explica que em cantinas contratualizadas "também não há problema pois as empresas confecionam a comida e depois distribuem as refeições pelas escolas consoante os pedidos". Esta semana estão a ser servidas mais de 45 mil refeições diárias nas escolas, cerca de 40% das que eram servidas em janeiro, quando as escolas estavam abertas, revelou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, ao JN.
O acolhimento de filhos de professores "faz todo o sentido", sublinha Manuel Pereira. A medida já era defendida e algumas escolas até já o faziam, admite. "Todas as escolas têm alunos em acolhimento neste momento e podem receber mais", garante.
Os diretores receberam autorização para substituir os professores que optem por pedir o apoio extraordinário à família e passem a ficar em casa com os filhos até aos 10 anos. A Fenprof enviou uma queixa à ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a pedir a fiscalização do diploma, após ter recebido denúncias de pedidos recusados.
Sete milhões de euros
As escolas também receberam ontem autorização para comprar máscaras, álcool-gel e material de limpeza e desinfeção para o 3.º período. Uma dotação de sete milhões de euros que irá, pela primeira vez, abranger os alunos do 1.º ciclo apesar do uso de máscara neste nível não ser obrigatória.
Nas orientações, a inclusão do 1.º ciclo é justificada por "razões de prudência" depois de ter sido "muito" solicitada por pais. A medida foi uma das defendidas por especialistas na carta aberta enviada ao Governo que pede a reabertura faseada das escolas ainda este mês.
Mais dados
365 mil alunos do 1.º ciclo ao 12.º ano estavam abrangidos pelos três escalões da Ação Social Escolar em 2019.