Cerca de 70% das infrações registadas nas estradas entre janeiro e novembro do ano passado foram de excesso de velocidade. Os números, divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, revelam um aumento de 16,7% face a 2022. Também há uma subida de condutores alcoolizados, o que motivou 55,7% das detenções.
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Entre janeiro e novembro de 2023, não se registaram melhorias nos números de acidentes e infrações nas estrada nacionais. A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) divulgou os dados dos primeiros onze meses do ano passado, mas a generalidade dos indicadores piorou face a igual período de 2022.
O excesso de velocidade está no topo da lista das infrações. Representa quase três quartos das multas registadas (70%), número que aumentou quase 17% face ao mesmo período em 2022. Recorde-se que, em setembro de 2023, foram instalados mais de 30 radares de velocidade.
São pouco mais de um milhão de multas, mas, mesmo assim, superou em 10,8% os números registados pela ANSR no período homólogo em questão. Mas, ainda que a velocidade seja uma das causas preponderantes neste aumento, as multas relativas à falta ou à má utilização de sistemas de retenção para crianças e à ausência de seguro também sofreram uma subida.
Já a criminalidade rodoviária - medida através do número total de detenções - aumentou em 9,6%, comparando com 2022. Dessas infrações, mais de metade dos condutores conduzia sob o efeito de álcool. Subiu 11,3% face ao mesmo período de 2022, com quase dois milhões de condutores a terem sido submetidos ao teste de pesquisa de álcool.
Mais de 33 mil acidentes
De acordo com os dados da ANSR, registaram-se 33 721 acidentes com vítimas em 11 meses do ano passado, dos quais resultaram 442 vítimas mortais.
As estatísticas da sinistralidade apontam para um aumento em praticamente todos os índices, comparativamente a 2022. Desde o aumento de 6,6% nos acidentes à subida das vítimas mortais, feridos graves e leves registados, a ANSR reforçou que a circulação rodoviária tem vindo a aumentar, o que também serve para justificar o aumento do risco de acidente.
A mortalidade é mais comum nos condutores, que representam três quartos das vítimas mortais. Além disso, os acidentes prevalecem nos veículos ligeiros e nas estradas nacionais.
A maioria dos acidentes foi causada por colisão (58,2%), mas o número de vítimas fatais foi maior por despiste (48,7%).