O número de crianças e jovens que entraram em acolhimento aumentou 19% entre 2021 e 2022. Há dois anos, entraram no sistema cerca de 1800 menores; no ano passado foram 2228, totalizando agora 6347 crianças à guarda do Estado. Destes, 608 exigiram proteção imediata por estarem em risco de vida ou perigo iminente.
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O procedimento de urgência, lê-se no relatório Casa 2022, “foi necessário em todas as faixas etárias”. Em 2021, foram retirados às famílias 424 menores nesta situação, registando-se um aumento de 43%.
O número total de crianças e jovens em acolhimento em 2022 (6347) até diminuiu ligeiramente face a 2021 (6369). Mas além da subida nas novas entradas e dos acolhimentos de urgência, o relatório, já enviado ao Parlamento pelo Instituto da Segurança Social, sublinha que o número de reentradas (165) também aumentou 42% face a 2021. Recorde-se que o Governo anunciou que pretende reduzir para 1200 o número de menores institucionalizados até 2030.