Mais de 10 mil doentes internados em casa, 25% retirados das urgências
Os centros integrados podem dar “grande impulso” ao projeto, diz coordenador nacional da hospitalização domiciliária. Objetivo é chegar aos 30 mil doentes em 2026.
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Em 2023, as unidades de hospitalização domiciliária do SNS internaram 10 037 doentes em casa, mais 12% do que no ano anterior, libertando camas das enfermarias e das urgências. A funcionar em 36 hospitais de todo o país, o projeto iniciado em 2015 ganhou "asas" para voar e o objetivo traçado em Espanha - conseguir que 5% do total das altas clínicas sejam provenientes do domicílio - já não é uma miragem em Portugal. "É possível e desejável", admite Delfim Rodrigues, coordenador do programa nacional de Hospitalização Domiciliária. Para 2026, o objetivo é internar 30 mil doentes em casa.
As novas "asas" são os centros de responsabilidade integrados (CRI), cuja legislação foi publicada no final do ano passado. Ontem saiu um despacho a nomear o grupo de trabalho que vai desenvolver o modelo de avaliação de desempenho das equipas dedicadas a estas unidades e que será coordenado por Delfim Rodrigues.