Mais de 14 mil pessoas já pediram fim das corridas de galgos

Lançada em outubro pela SOS Animal, a iniciativa ganhou novo fôlego após a divulgação das imagens dos 18 cães resgatados, na passada semana, ao cavaleiro tauromáquico João Moura.

A organização tem recorrido ao caso João Moura - "identificado como o maior criador de galgos do país e um dos principais promotores de corridas de cães em Portugal" - para demonstrar que esta indústria "não olha a meios para atingir os fins". E pede ajuda para a proibir.

Se atingir as 20 mil assinaturas, o que se afigura provável, tendo em conta o recente aumento de subscritores, a ILC pela Proibição das Corridas de Cães dará automaticamente entrada na Assembleia da República e terá de ser discutida pelos grupos parlamentares.

No domingo, a ProToiro, Federação Portuguesa de Tauromaquia veio deixar claro que "repudia qualquer ato ilegal que se comprove ter sido cometido pelo cavaleiro tauromáquico João Moura". Em comunicado, pede que se aguarde pelo desenrolar do funcionamento da Justiça e que não se façam ligações "abusivas e de má-fé" entre "os alegados comportamentos em causa com a tauromaquia, toureiros e aficionados".

Também a Associação Nacional de Toureiros veio apelar a uma separação das águas, pois "não se confundem atitudes pessoais, que só a este dizem respeito, com a classe profissional a que pertence". Fazê-lo é "irresponsável e indigno".

Os toureiros salientam que apoiam a atual lei sobre os maus-tratos a animais de companhia e que "repudiam qualquer ilícito desta ordem que venha a provar-se ter sido cometido por João Moura ou qualquer outro cidadão".

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Associação agradece

O Cantinho da Milú, que acolheu nove dos galgos, agradeceu todos os donativos e apoio prestado. A instituição de Setúbal tem 750 animais a seu cargo.

SOS será assistente

A SOS Animal anunciou que se vai constituir assistente no processo contra João Moura e será representada por Garcia Pereira.