A campanha "Viajar sem Pressa", que decorreu entre 16 e 22 de janeiro, apanhou mais de 14 mil condutores em excesso de velocidade. As fiscalizações foram feitas por radares fixos e por equipas da GNR e da PSP. Esta é uma iniciativa conjunta das forças de segurança com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
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Contam-se 14 443 condutores multados por condução em excesso de velocidade e ocorreram 8 acidentes mortais, segundo os resultados das fiscalizações realizadas pela Autoridade Nacional de Segurança Pública (ANSR), PSP e GNR durante a campanha de sensibilização sobre os perigos de conduzir em alta velocidade “Viajar Sem Pressa”, que decorreu entre 16 e 22 de janeiro no continente e nas ilhas.
Foram fiscalizados por radares e controlos de segurança mais de 4,9 milhões de veículos (4,6 milhões através do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade e os restantes por pelas forças de segurança), dos quais 14 mil foram multados por excesso de velocidade. Desses, 2519 estiveram envolvidos em acidentes, resultando em oito vítimas mortais.
"Dos veículos fiscalizados, 14 443 circulavam com excesso de velocidade, dos quais 3,9 mil foram detetados pelos radares das Forças de Segurança e 10,5 mil pelos da ANSR", pode ler-se no comunicado conjunto, publicado esta terça-feira pela ANSR, pela PSP e pela GNR. A campanha faz parte do Plano Nacional de Fiscalização.
A campanha realizou operações de fiscalização presenciais em Sesimbra, em Lisboa, na Malveira e em Almada, concentrando-se em vias e locais onde foi registado maior fluxo rodoviário, com o objetivo de incentivar os condutores a adotarem comportamentos mais seguros em relação ao excesso de velocidade, especialmente em relação a atropelamentos e vítimas fatais causadas por esse comportamento: “Se um veículo circular a 30 km/h, a probabilidade de um atropelamento ser mortal é de 10%. Aumentando a velocidade para 50 km/h, a probabilidade passa a ser de 80%", como é referido no comunicado conjunto.
Mais de 2500 acidentes e oito mortes
Com base nos resultados registados pela campanha fornecidos pelas entidades responsáveis, e comparando com o período homólogo de 2023, foi observada uma redução total de 386 acidentes, com menos 89 feridos no total, sendo 15 graves e 74 leves, e menos quatro vítimas mortais. Durante a campanha, há a lamentar oito mortes nas estradas. As vítimas mortais são seis homens e duas mulheres, com idades entre 20 e 67 anos, provenientes dos distritos de Santarém, de Braga, de Coimbra, de Leiria, de Lisboa e do Porto.
Durante o período da campanha, as autoridades registaram 2519 acidentes, com oito mortes e 748 feridos, dos quais 41 apresentavam ferimentos graves.
“A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada”, reiteram, ainda, as entidades referidas no comunicado. Esta foi a primeira das 12 campanhas de sensibilização e fiscalização que decorrerão até ao final deste ano, no âmbito do Plano Nacional de Fiscalização. As campanhas terão uma periocidade mensal. Em 2024, o plano passa a contar com a fiscalização específica de motos e outros veículos de duas rodas a motor.