Mais de 2300 médicos de família assinaram uma carta que foi enviada ao ministério da Saúde, na qual recusam o regime de dedicação plena aprovado pelo Governo. Dizem que o regime só dá mais vencimento "por muito mais trabalho" e falam em "situações antiéticas" que condicionam o aumento do vencimento a menos prescrição.
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A informação foi avançada ao JN por Helena Terleira, uma das representantes do movimento “Médicos em Luta” que dinamizou a escusa dos clínicos em exceder o limite legal de 150 horas extraordinárias por ano. Esta recusa tem gerado constrangimentos e fechos temporários em urgências hospitalares de norte a sul do país.
“A recusa à dedicação plena decorre fundamentalmente entre os médicos de família porque são as Unidades de Saúde Familiar que vão estar mais afetadas por esta situação. Atualmente, dos cerca de seis mil médicos de família, temos mais de 2300 escusas à dedicação plena”, revelou Helena Terleira, lamentando que, “ao contrário do que o senhor ministro pretende fazer transparecer, este regime não dá mais vencimento aos médicos”.