A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai contar com 25700 militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), de 22 de julho a 6 de agosto, revelou ao início desta tarde de sexta-feira o comandante-geral da GNR, Tenente-General José Santos Correia, numa visita à sede da JMJ, em Lisboa. A visita do Papa Francisco a Fátima, "o dia de maior pressão" vai ter 2600 militares.
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Praticamente todas as valências da GNR estão destacadas para trabalhar na semana das Dioceses, última de julho, e na semana da JMJ, primeira de agosto. A GNR teve de diminuir o "limite máximo de militares" que podem tirar férias nessa altura, permitindo à força de segurança contar com mais 3000 militares a apoiarem as operações "em função das áreas de maior pressão", que serão Fátima, Setúbal, Santarém e Lisboa, onde a maioria dos peregrinos ficarão alojados.
Além destes, a GNR está em contactos para trazer militares "de Espanha, França, Itália e outros países", revelou o comandante-geral da GNR aos jornalistas, sem especificar quantos. "Não há ainda números definidos, estamos a aguardar respostas", adiantou.
Para o dia da visita do Papa Francisco a Fátima, 5 de agosto, "o de maior pressão da JMJ" foram destacados "2600 militares". "Fátima vai sofrer uma grande pressão de pessoas que irá variar na pré-jornada e jornada. Num dos dias de maior esforço (da visita do Papa a Fátima) teremos cerca de 2600 militares", revelou.
José Santos Correia explicou que a GNR tem quatro operações montadas, uma vez que "haverá uma pressão muito grande em algumas localidades (onde os peregrinos ficam alojados), um grande fluxo de pessoas a utilizar as vias rodoviárias, visitas a Fátima e os acessos a Lisboa", salientando que "a maioria dos peregrinos vai entrar por via terrestre".
"A primeira operação diz respeito àquilo que é o controle sobre as fronteiras, nos termos que vier a ser decidido pelo Governo. A segunda está associada à operação em Fátima, que irá sofrer uma grande pressão de pessoas. Temos também uma operação orientada para a segurança das pessoas que vão circular nas nossas estradas e uma quarta operação para aquilo que são a segurança dos eventos que vão ocorrer um pouco por todo o país", informou.
"Muitos meios"
O comandante-geral da GNR reconheceu que "esta é uma operação de grande amplitude, de muitos meios", uma vez que, além de outras ocorrências como incêndios rurais, "é nesta altura que os imigrantes e turistas visitam o nosso país e decorrem vários eventos em todo o território nacional", mas que "encara esta operação como uma missão que será cumprida como todas as missões que nos são atribuídas", garantindo ainda que a prevenção dos incêndios não será afetada.
O alojamento para os militares da GNR, que terão de se deslocar de outras partes do país, avançou, "já está assegurado com o apoio das Forças Armadas". "Estamos tranquilos com essa situação", assegurou.