A percentagem de jogadores que utilizam exclusivamente plataformas online legais estagnou nos 60%. Os restantes jogadores recorrem a plataformas ilegais por consideraram que têm melhores “odds” (hipóteses de ganhar), melhores bónus e uma oferta de jogos mais ampla.
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Os resultados constam de um estudo intitulado “Hábitos de Jogo Online dos Portugueses”, dilvulgado esta sexta-feira pela Associação de Apostas e Jogos Online (APAJO).
O patrocínio de clubes ou ligas de futebol (53,1%), a publicidade em televisão (50,9%) e sites portugueses de referência (43,8%) são as principais razões apontadas pelos utilizadores para a escolha da plataforma onde jogam pelo facto de lhes dar mais confiança.
Ricardo Domingues, presidente do conselho diretivo da APAJO, considera, citado no comunicado de imprensa, ser “indispensável" dar passos na melhoria da oferta e no combate ao jogo ilegal de forma a que essa percentagem aumente para os 80%, "o que é realista e muito desejável”.
O estudo afirma que cada vez menos pessoas dão preferência a plataformas digitais de jogos e apostas, dando prefre~encia ao jogo tradicional. No entanto, os que as usam relatam uma maior consciencialização no uso do dinheiro, tendo 77,6% respondido que aposta menos de 50 euros mensais e apenas 6,4% mais de 100 euros.
Jogo responsável
Quase metade dos inquiridos afirma utilizar ferramentas de jogo responsável – sejam os limites de aposta (51,9%), limites de depósito (41,5%), autoexclusão(10%) e períodos de pausa (22,6%).
A frequência com que os utilizadores jogam também desceu, com 38% a afirmarem que jogam pelo menos uma vez por semana, o número mais baixo desde 2019. A percentagem de jogadores regulares diários também reportou uma queda, com menos 5% desde o ano passado, para o total de 13,7%.
As respostas dos inquiridos mostram que este tipo de jogos estão a ser cada vez menos escolhidos, tendo apenas 21,9% dos inquiridos escolhido esta opção como a que usa mais regularmente. O Euromilhões está a frente com 50%, o Placard com 43,9%, as raspadinhas com 36% e o casino com 29,3%.
O estudo foi realizado pela AXIMAGE para a APAJO, entre a 6 a 10 junho de 2023, com 500 homens e 108 mulheres entre os 18 e 65 anos, todos registados em plataformas de jogos online com prémios em dinheiro. Foi usado um questionário online estruturado para indivíduos que declaram jogar o fazer compras online.