O ministro da Educação, João Costa, adiantou esta sexta-feira, em Vinhais, que, dos 80 mil alunos inscritos para fazer as provas de aferição digitais (TIC), mais de 77 mil já as fizeram. "
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Hoje é o último dia. Teremos o balanço no final. Este é um ano de transição, um ano de novidade e há sempre as dores da transição, mas globalmente o retorno que tenho é bastante positivo", explicou João Costa.
A maioria dos alunos já realizou provas em formato digital. "O processo de transição de manuais para digitais está numa fase piloto, implica formação de professores e acompanhamento. É isso que estamos a fazer", referiu, dando conta que as escolas foram relatando os contratempos. "Houve problemas, sobretudo, nos dois primeiros dias, mas foram sendo reportados ao Instituto de Avaliação Educativa e resolvidos", garantiu João Costa.
Segundo dados facultados ao Jornal de Notícias pelo Ministério da Educação no primeiro dia de provas de aferição, a 16 de maio, 7885 realizaram provas TIC, em 211 escolas e no segundo dia, a 17 de maio, esse número subiu para 14450, num total, em 105 escolas.
João Costa deslocou-se a Vinhais para a inauguração das obras na Escola Secundária, onde o autarca, Luís Fernandes, pediu discriminação positiva por parte do Governo nas verbas das transferências de competências da Educação para os municípios do Interior, onde o custo do transporte de alunos é muito elevado devido à dispersão geográfica.
O ministro disse que no acordado com a Associação Nacional de Municípios Portugueses ficou estipulado que nas verbas para a manutenção dos edifícios escolares, que tinham o valor de 20 mil euros por estabelecimento, passaria para 44 mil euros. "Fizemos a atualização do valor dos transportes das crianças com Necessidades Educativas Especiais", acrescentou adiantado mais 451 escolas em todo o país vão ser intervencionadas para as quais foi possível mobilizar novas verbas no Plano de Recuperação e Resiliência.
João Costa tinha uma comitiva de professores, alunos e funcionários, a recebê-lo com um protesto, porque as reivindicações dos docentes nos últimos meses ainda não foram garantidas. "Têm vindo a ser dados passos pelo governo na valorização da Administração Pública como um todo, no descongelamento de carreiras, aumentos salariais, reposição de direitos porque houve momentos em que não tinha subsídio de férias, nem de Natal e tinham uma sobretaxa de IRS e não me lembro de manifestações nessa altura. Já aprovamos um instrumento de aceleração das carreiras que permite construir um instrumento legislativo paralelo para as restantes carreiras da Administração Pública", afirmou o ministro.