Aumentar a atratividade e recuperar quem está fora são prioridades da Direção Executiva. Taxa de permanência nos últimos cinco anos contraria tese de mais saídas para privado e estrangeiro.
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Mais de 80% dos médicos de família contratados ao longo dos últimos cinco anos continuam a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os restantes saíram para abraçar outros projetos, talvez no estrangeiro ou no privado, mas a porta está aberta e “o importante é saber ir buscá-los”. Os números, cedidos ao JN pela Direção Executiva do SNS, têm mostrado estabilidade ao longo dos anos, o que permite concluir que a escassez de especialistas em medicina geral e familiar (MGF) está mais relacionada com as aposentações do que com a insatisfação dos profissionais.
Em 2019, 364 médicos de família assinaram contrato com o SNS, dos quais 80,5% mantêm atualmente o vínculo. Em 2020, dos 377 contratados, 82,1% permanecem nos centros de saúde. No ano seguinte, entraram menos (342) e saíram mais, mas ainda assim 78,8% continuavam no SNS no início deste mês. Em 2022, dos 328 novos especialistas em MGF, 80,2% mantêm-se a trabalhar no serviço público. No ano passado, a taxa de fixação foi superior: dos 333 novos contratos, 87,6% mantêm-se, o que também se explica pelo facto de as saídas normalmente não ocorrerem logo no primeiro ano de contrato.
