Ministério sublinha que 2023 é o ano com maiores transições.
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Mais de 8500 professores (8561) vão progredir para o 5.º ou 7.º ºescalão a partir de janeiro. “2023 é o ano em que um maior número de docentes transita”, frisa o Ministério da Educação em nota enviada à Imprensa.
No comunicado, o Governo sublinha o papel do acelerador das carreiras nas progressões. O número representa, no entanto, o total de professores que sobem para o 5.º e 7.º escalões também porque tiveram na avaliação a classificação de Muito Bom ou Excelente ou porque entraram nas quase 4000 vagas (3884) abertas.
Dois mil retidos
“Essas progressões deviam ter acontecido a 1 de janeiro, pelo que vão concretizar-se um ano depois apesar dos professores terem direito ao pagamento de retroativos”, reage Mário Nogueira, recordando que estas progressões são relativas a 2022. Ou seja, frisa o líder da Fenprof, pode haver docentes que percam nesta espera até um ano de serviço que devem somar aos seis anos, seis meses e 23 dias ainda por recuperar.
“Não é uma benesse é mais um roubo de tempo”, acusa. O problema, insiste, é que os professores não são dispensados de vagas, são antes criadas “vagas adicionais”. “Se fossem dispensados progrediam no mês seguinte a preencherem os requisitos”, explicou Mário Nogueira.
O ME assegura que o acelerador permite “duplicar” o número de professores que progridem e a “recuperação do tempo em espera”. Com o mecanismo, garante a tutela, “92,37%” dos que preenchem os requisitos vão mudar para o 5.º escalão e “96,87%”para o 7.º . Nogueira estima “em cerca de dois mil” os que vão continuar retidos a aguardar vaga.