Mais de metade dos agrupamentos têm profissionais sem mestrado a dar aulas
Mais de 3000 com habilitação própria nas escolas. Férias começam com 28500 alunos sem todos os professores.
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Mais de metade dos agrupamentos já recrutaram, pelo menos, um professor sem habilitação profissional (sem mestrado em ensino), revela uma conclusão preliminar de um estudo feito pela Federação Nacional de Professores. Ao JN, o líder da Fenprof, Mário Nogueira, defende que o ministério garanta profissionalização “gratuita” aos que estão a dar aulas e desejem ficar no sistema.
O 1.º ºperíodo termina hoje. A Fenprof estima em 28500 os alunos que vão para férias sem, pelo menos, um dos professores. “No ano passado não chegavam aos 20 mil”, garante o dirigente Vítor Godinho. Até à última semana, estavam por preencher, em contratação de escola, 456 horários, a maioria em Lisboa (162), Setúbal (56) e Faro (16). Só nestes três distritos, calcula Vítor Godinho, faltam docentes a mais de 20 mil alunos, especialmente a Português, Inglês, Francês, Matemática e 1.º ºciclo.