Mais de metade dos portugueses passou frio devido ao aumento do custo da energia
No último inverno, 51,5% dos portugueses admitem ter passado mais frio face à escalada do custo da energia. E, destes, 61% dizem ter-se habituado a passar frio "para não consumirem mais energia, uma vez que assumem não conseguir pagar a fatura".
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Os dados foram nesta segunda-feira revelados, em comunicado, pelo Portal da Construção Sustentável (PCS), após um inquérito realizado no seu site entre os dias 2 de fevereiro e 12 de março, e que contou com 1212 respostas.
Em comunicado, o PCS sublinha que "os portugueses continuam a passar frio dentro de suas casas e admitem que este ano passaram ainda mais frio por não terem como fazer face ao aumento do custo de energia". De acordo com os resultados do inquérito, 89% revelam residir numa habitação fria, dos quais 32% mencionam que tal só acontece no inverno e 53,7% tanto no inverno como no verão. Só 11% dizem viver numa casa confortável, "menos 1% do que no último inquérito do PCS realizado em 2021 e mais 10% do que no inquérito de 2017".
Dos inquiridos que responderam sentir frio em casa, "64% recorrem a equipamentos e a mais roupa para superar as necessidades de conforto térmico". O Portal da Construção Saudável alerta que "o desconhecimento dos portugueses relativamente aos materiais fundamentais na construção de um edifício é geral", o que se reflete no conforto térmico.
Ainda resultado do inquérito efetuado, 8% dos inquiridos candidataram-se ao Fundo Ambiental, sendo que "a maioria apostou na compra de novas caixilharias", seguindo-se o "investimento em painéis solares fotovoltaicos, ar condicionado, bombas de calor, recuperador de calor a pellets e painéis solares térmicos". A maioria dos que receberam financiamento "diz que o conforto térmico melhorou".