Mais de mil casos de mutilação genital feminina detetados em Portugal em 10 anos

Em causa está a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos quando as meninas são muito pequenas
Leonel de Castro/Global Imagens
Em 2023 foram sinalizados 223 situações, elevando para 1076 o número de casos identificados numa década, revela a Direção-Geral de Saúde (DGS), no momento em que se evoca o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. A explicação pode estar no aumento do número de migrantes permanentes.
São mulheres, estão em Portugal, foram vítimas de mutilação genital feminina (MGF) e a prática foi identificada quando tinham, em média, 29 anos. Só no ano passado foram detetados e reportados 223 casos da prática deste crime, elevando para 1076 o número de casos notificados numa década. Em causa está a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos femininos e quando as meninas são ainda muito pequenas. Excisões que são sinalizadas anos depois, “muitas vezes, quando as mulheres acabam por ter de ir ao médico por situações de maternidade e obstétricas”, como aponta a presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), Sandra Ribeiro.

