Longa espera e dificuldade de acesso ao SNS ditam maior procura por este tipo de produtos. Utentes querem proteção mais elevada nas coberturas e nos capitais disponibilizados.
Corpo do artigo
São cada vez mais os portugueses a terem um seguro de saúde. No primeiro semestre deste ano, o número total de pessoas seguras chegou quase aos 3,6 milhões, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores. A tendência é de crescimento, asseguram várias fontes do setor, que apontam que a longa espera por consultas de especialidade ou cirurgias e a falta de acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) “empurram” os utentes para os seguros e o setor privado. A pandemia também contribuiu para o aumento da procura.
Os dados dos últimos anos da associação mostram o crescimento dos seguros de saúde: se em 2019, havia mais de 2,8 milhões de pessoas seguras; no final de 2022, o número cresceu para os 3,4 milhões. E assim continua, com o primeiro semestre de 2023 a demonstrar um crescimento de 8,5% face ao mesmo período de 2022. Além de ser um dos benefícios “mais valorizados na política remuneratória das empresas”, os seguros de grupo, a associação acrescenta que as famílias têm valorizado “a liberdade, a celeridade e a comodidade no acesso aos cuidados de saúde”.