
Escolas públicas já não conseguem liderar nenhum dos rankings das disciplinas
Sávio Fernandes/Global Imagens
No ranking geral feito pelo JN, com base na média dos resultados de oito exames do secundário, a melhor escola pública fica no 26º lugar. No entanto, a supremacia do ensino privado desvanece ao analisar-se as listagens por cada disciplina.
É certo que o ensino público perdeu as duas lideranças que tinha em 2011 - a História A e Geometria Descritiva A - mas no "top 50" de cada lista ocupa mais de metade dos lugares em quatro dos oito rankings e 20 no de Matemática. O pior desempenho é a Física e Química com 13 escolas no "top 50", um resultado melhor do que no ranking geral em que há nove públicas nesses lugares.
No ranking de Português A, há 16 escolas públicas entre os 50 melhores resultados. O Instituto de Odivelas tem a quarta melhor média (14,14, 3,72 valores acima da nacional). E há mais três públicas no "top 20" - o Colégio Militar, a Secundária da Boa Nova (Matosinhos) e a Secundária da Senhora da Hora (Matosinhos). O ranking é liderado pelo Grande Colégio Universal, no Porto, com uma média de 15,36.
Já a média de Matemática A desceu ligeiramente este ano - de 10,61 para 10,46. Uma quebra que também se verifica no topo do ranking: a listagem volta a ser liderada pelo Colégio Valsassina, que no ano passado conseguiu média de 17,02 e agora de 16,68. Ao JN, o diretor atribui a descida à extensão da prova. "Mesmo os bons alunos tiveram dificuldade em acabar o teste e dois deles tiveram 20", explicou. Recorde-se que dos 25 exames feitos, este ano, dez tiveram média negativa. Ora, esse resultado refletiu-se, naturalmente, nas médias conseguidas pelas escolas. Entre os oito exames analisados pelo JN a média baixou em cinco.
