O Governo escolheu Manuel Dias, diretor nacional de tecnologia da Microsoft em Portugal, para ser o novo diretor de Sistemas e Tecnologias de Informação da Administração Pública, na ARTE - Agência para a Reforma Tecnológica.
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A designação foi oficializada na reunião do Conselho de Ministros desta sexta-feira e confirmada em conferência de imprensa pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que justificou a escolha do engenheiro para a liderança da ARTE, criada a partir de uma reestruturação da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), pela experiência e conhecimento do engenheiro eletrotécnico.
Manuel Dias é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico (IST) e é mestre em Sistemas de Informação pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Ocupava, desde outubro de 2020, a posição de diretor nacional de tecnologia da Microsoft em Portugal, multinacional onde trabalha há 14 anos, segundo a sua página na rede social LinkedIn.
António Leitão Amaro referiu-se a esta nova função como sendo "uma posição chave no propósito, objetivo e caminho da reforma do Estado na sua vertente [da] digitalização".
"Acreditamos muito no potencial do impacto desta nova função", salientou, frisando que a responsabilidade corresponderá à de um "Chief Technology Officer" (CTO), um diretor de tecnologia.
O ministro justificou a escolha de Manuel Dias por ser "uma pessoa com grande conhecimento, experiência nestas matérias da Inteligência Artificial aos sistemas de informação e às tecnologias de informação", bem como pelo "percurso académico e em empresas de grande capacidade".
Segundo Leitão Amaro, Manuel Dias tem uma "experiência de interação muito grande com a administração pública" e concilia-a com "capacidade de liderança" e "conhecimento técnico do mais elevado que acontece no país".
A reestruturação da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e a sua transformação da ARTE foi anunciada pelo Governo em 31 de julho.
Nesse momento, o ministro adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, disse aos jornalistas que o dirigente seria escolhido através de um concurso - através de "um processo competitivo", o que não aconteceu.
Segundo o decreto-lei publicado em Diário da República em 21 de agosto, os membros do conselho diretivo da AMA "mantêm-se em funções até à designação" dos novos elementos diretivos da ARTE.