Os deputados da comissão de inquérito (CPI) da TAP passaram, ao todo, mais de sete dias completos na sala 6 do Parlamento, entre fevereiro e junho. Durante as 38 sessões ordinárias – que superaram as 173 horas –, debateram a empresa e ouviram figuras a ela ligadas. Tudo isso tem de ser transcrito e em contra-relógio.
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A parte visível do trabalho já acabou, mas a invisível prossegue: uma equipa de 19 funcionários parlamentares está numa “luta contra o tempo” para transcrever tudo o que foi dito a tempo da votação do relatório final, no dia 13. Estimam preencher 5 465 páginas e contam com um novo aliado: uma aplicação que lhes facilita o trabalho e lhes poupa os pulsos.
Ao todo, a CPI ouviu 46 pessoas ou entidades. A sessão mais longa foi a de 17 de maio, na qual estiveram Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministério das Infraestruturas, e Eugénia Correia, chefe de gabinete do ministro João Galamba: segundo dados facultados pelo Parlamento ao JN, a reunião durou 11.17 horas. Tudo o que aí foi dito está reunido em 323 páginas.