O presidente da República vai realizar uma visita de Estado à Polónia, de 20 a 25 de agosto, e deverá aproveitar a proximidade com a Ucrânia para efetivar o convite de Volodymyr Zelensky. Marcelo nunca fez uma visita de Estado durante cinco dias.
Corpo do artigo
A anunciada deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa à Ucrânia deverá acontecer durante as próximas semanas. O presidente da República vai iniciar uma visita de Estado à Polónia, de 20 a 25 de agosto, e deverá aproveitar a ocasião para visitar o país em guerra.
Com esta viagem, Marcelo vai cumprir o convite feito há um ano pelo homólogo polaco. É a mais longa viagem de Estado que Marcelo já realizou desde que é presidente. O projeto de resolução para a autorização do Parlamento foi formalizado esta terça-feira, mas o pedido só será aprovado na reunião da comissão permanente marcada para 6 de setembro.
O presidente da Républica deverá aproveitar a ocasião para concretizar a prometida viagem à Ucrânia. Embora a visita não tenha sido formalizada junto da Assembleia da República, nem confirmada por Belém, é possível que aconteça devido a proximidade entre os dois países e o calendário avançado pelo próprio presidente da República.
No ano passado, António Costa, aquando da visita ao país, em maio de 2022, revelou que o chefe de Estado ucraniano convidou Marcelo Rebelo de Sousa para realizar uma visita à Ucrânia. Na altura, Marcelo não descartou a possibilidade e mostrou-se disponível para visitar o país quando o Governo entendesse ser necessário e vantajoso para Portugal. Já em fevereiro, foi o próprio presidente a confirmar que a sua visita a Kiev deveria realizar-se “provavelmente no verão”.
A visita a Kiev será também uma oportunidade de o presidente da República entregar, pessoalmente, o Grande-Colar da Ordem da Liberdade com que distinguiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para assinalar um ano da invasão da Ucrânia pela Rússia. É uma das mais altas distinções do Estado português.
Recorde-se que foram várias as personalidades políticas que já visitaram a Ucrânia desde o início da guerra. Além de António Costa, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, visitou oficialmente o país, em maio, acompanhado por deputados das bancadas do PS, PSD, IL e BE. Também a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, visitou Kiev a 24 de fevereiro, no dia em que o país assinalou um ano do início da invasão russa.
A visita à Polónia vai acontecer num período de troca de ameaças e provocações com a Bielorrússia. Esta quarta-feira o vice-ministro do Interior, Maciej Wasik, anunciou que a Polónia vai duplicar o número de militares estacionados na fronteira com o país vizinho. O reforço de soldados acontece depois da Polónia alertar para os perigos colocados pela presença de milhares de mercenários do Grupo Wagner na Bielorrússia.