O presidente da República afirmou, esta quinta-feira de tarde, que preferia ter António Costa como primeiro-ministro, mas “ele é que decidiu sair”. Marcelo Rebelo de Sousa rejeita responsabilidades na demissão e diz que a dissolução “foi uma consequência” da decisão do primeiro-ministro.
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Entre Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, Marcelo Rebelo de Sousa preferia António Costa. “Era o meu preferido. Ele ter ficado era o que eu teria preferido”, disse, esta tarde, aos jornalistas, rejeitando arrependimentos sobre o que se seguiu.
“Quem tomou a decisão foi o doutor António Costa, não fui eu. Ele é que decidiu sair, não fui eu. Decidiu sair por causa das circunstâncias que sabemos”, sustentou o presidente da República, realçando que a dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições antecipadas foram “uma consequência e não uma causa da decisão dele”.
Sobre o futuro de António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou não ter “a mínima dúvida” de que o primeiro-ministro demissionário seria um bom presidente do Conselho Europeu: “O primeiro-ministro tem um prestígio europeu excecional e, falando com elementos dos vários grupos políticos europeus, é evidente que ele tem condições para ser o próximo presidente do Conselho Europeu”.
E como sucessor em Belém? “Eu diria que sim, se não for presidente do Conselho Europeu, senão não pode ser as duas coisas ao mesmo tempo”, respondeu o chefe de Estado.