O presidente da República afirmou, este domingo, que os dados conhecidos até agora sobre a crise sísmica na ilha de São Jorge indicam que "não há razões para alarmismo", apelando aos cidadãos para que "acreditem nos especialistas".
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"Perante o que ouvi até agora, a palavra a dar é de tranquilidade e serenidade. Não há razoes para entrar na situação de alarmismo não justificado até ao presente", disse Marcelo Rebelo de Sousa, na ilha de São Jorge, onde se deslocou hoje para se inteirar do ponto de situação da crise sísmica que se iniciou a 19 de março.
Acompanhado pelo presidente do Governo Regional dos Açores, o chefe de Estado visitou estações de acompanhamento da crise e assistiu a um "briefing" do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).
Na ocasião, o Presidente salientou que o fenómeno "tem sido bem explicado", adiantando que a frequência dos sismos continua, mas "os sentidos têm sido menos".
"A reação mais óbvia e natural é as pessoas manterem a serenidade e a tranquilidade, acreditarem nos especialistas que sabem mesmo da matéria e estão a acompanhar" a crise, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
Já na freguesia da Urzelina, Marcelo Rebelo de Sousa destacou as "informações muito rigorosas" fornecidas por um sistema "muito complexo a todos os níveis, que permite ir acompanhando a par e passo" o que está a acontecer na ilha de São Jorge.
O chefe de Estado deslocou-se também ao concelho vizinho da Calheta, que tem acolhido, nos últimos dias, muitas pessoas do concelho das Velas, centro da crise sísmica, e considerado pelos especialistas como mais seguro.
Junto ao porto, e depois de ter entrado na Casa de Pasto Beira Mar e cumprimentado várias pessoas, o chefe de Estado prometeu a uns residentes deslocados das Velas regressar a São Jorge no dia 14 de abril.
"Para reforçar essa tranquilidade, já prometi vir cá jantar à casa do dono do café São João, no dia 14 de abril, e até prometo dar um mergulho para mostrar que está tão normal que faço aquilo que normalmente faço", adiantou o Presidente da República aos jornalistas.
Antes de se dirigir para o aeroporto, Marcelo Rebelo de Sousa visitou os militares que estão em São Jorge a montar meios para acolher pessoas em caso de necessidade, ao nível do alojamento e da alimentação.
"O que surpreende é a rapidez e a eficiência que já demonstram" nesta operação, disse o Presidente da República, que se manifestou esperançado que os meios que estão a ser instalados no concelho da Calheta não sejam necessários.
Segundo disse, "é uma razão de orgulho" saber que as Forças Armadas "nunca falham quando é necessário".