O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta quarta-feira a morte da comunista Odete Santos, lembrando-a como uma das deputadas mais carismáticas do parlamento e enaltecendo a sua "coerência, coragem e irreverência".
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"Foi com profundo pesar que o presidente da República tomou conhecimento da morte de Odete Santos", lê-se numa nota publicada pela Presidência da República na Internet.
O chefe de Estado lembra Odete Santos, que morreu aos 82 anos, como "uma das deputadas mais carismáticas da Assembleia da República, reconhecida por todas as bancadas pela coerência e coragem com que assumia posições, bem como pela irreverência e energia com que defendia os valores em que acreditava".
Na nota é referido que Odete Santos "exerceu o mandato durante 27 anos, entre a II e a X Legislaturas, empenhando-se, especialmente, na defesa das minorias, na proteção dos direitos humanos, dos trabalhadores e das mulheres".
"Ao longo da sua vida teve ainda tempo para se dedicar, com igual empenho, à vida autárquica, à cultura (quer publicando livros, quer como atriz, levando ao teatro, para a verem atuar, personalidades de diferentes quadrantes políticos) e, ainda, à resolução alternativa de litígios (sendo de sublinhar o importante papel que desempenhou nos Julgados de Paz)", lê-se na nota.
O presidente da República apresentou à família, amigos e ao Partido Comunista "as mais sentidas condolências".
A antiga deputada e dirigente comunista Odete Santos morreu aos 82 anos, anunciou esta quarta-feira o Secretariado do Comité Central do PCP.
Nascida em 26 de Abril de 1941, na freguesia de Pêga, concelho da Guarda, Maria Odete Santos era advogada, aderiu ao PCP em 1974 e foi deputada à Assembleia da República entre 1980 e 2007, tendo exercido também vários cargos a nível partidário e autárquico, em Setúbal.