O primeiro-ministro, António Costa, apresentou ao presidente da República, pelas 18.30 horas desta segunda-feira, o pacote de medidas de apoio às famílias que o Governo vai aprovar. O Executivo deverá anunciá-las ao país por volta das 20 horas.
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António Costa deslocou-se a Belém depois da reunião do Conselho de Ministros para dar a conhecer as medidas, em primeira mão, a Marcelo Rebelo de Sousa. O Governo esteve reunido no Palácio da Ajuda, em Lisboa, desde as 15.30 horas.
No sábado, o chefe de Estado tinha sublinhado a necessidade de atuar "com urgência", mas também "com cuidado por causa do acompanhamento da evolução económica". Nessa mesma ocasião, Marcelo considerou que o Governo "podia ter tomado as medidas um bocadinho mais cedo", embora reconhecendo que os pacotes de apoio só estão a ser anunciados agora "por toda a Europa".
Antes, a 25 de agosto, o presidente tinha aludido às "medidas ambiciosas" que estavam a ser anunciadas em alguns países, referindo que não iria comentar a resposta do Governo português à crise inflacionista sem, primeiro, conhecer o "alcance" das medidas adotadas.
Do pacote do Governo devem constar soluções como a atribuição de um cheque de 100 euros às famílias, um aumento extraordinário de pensões e algumas alterações no IRS, sendo também expectável a descida do IVA de alguns produtos de primeira necessidade.
O plano do Executivo chama-se "Famílias primeiro" e incide sobre oito áreas: rendimentos, crianças/jovens, pensionistas, eletricidade, gás, combustíveis, rendas e transportes. Ao todo, terá um custo a rondar os 2 mil milhões de euros.