O presidente da República incluiu na sua agenda de terça-feira a presença às 19.00 horas na inauguração do Monumento às vítimas dos incêndios de 17/6/2017, em Pedrógão Grande, onde esteve, sozinho, no sábado. Mas faz depender da hora a que chegar de Itália.
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A cerimónia de inauguração do Monumento às vítimas dos incêndios de 17/6/2017 chegou a estar a agendada para as 17.00 horas e foi alterada para as 19.00, depois do presidente da República ter dado conta que tinha tomado conhecimento do ato pela comunicação social e constatado que nessa data estaria em Itália, de onde regressa durante a tarde. No sábado, no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deu conta que visitou, nesse dia, o monumento criado por Eduardo Souto Moura.
Agora, o presidente inclui na sua agenda oficial a presença na inauguração do monumento, mas acrescenta uma nota dando conta que a sua participação está dependente da hora de chegada de Palermo, na Sicília, onde hoje e amanhã participa no XVI Encontro da COTEC Europa. A partida de Palermo está agendada para as 16.30 horas.
Na semana passada, numa nota publicada no site oficial da Presidência, o chefe de Estado afirmava que "teve conhecimento, pela comunicação social, da cerimónia de inauguração, no próximo dia 27 de junho, do monumento de homenagem às vítimas dos incêndios de 2017 em Pedrógão Grande".
"Como é sabido, o presidente da República estará nessa data em Itália, numa reunião da Cotec Europa, juntamente com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o rei Felipe VI de Espanha, encontro esse que terminará ao início da tarde, tornando impossível estar de volta a Portugal antes do fim da mesma", lia-se na nota. No sábado, o JN noticiou que o Governo atrasou duas horas a inauguração do memorial, horário que permitiria a Marcelo chegar a tempo depois do regresso de uma visita a Itália.
A inauguração ocorre agora depois das críticas de associações de vítimas e autarcas à ausência de qualquer membro do Governo ou da presidência no dia da efeméride da tragédia, a 17 de junho. Na altura, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão, veio a público garantir que não existia esquecimento das vítimas dos incêndios florestais e que a inaguração oficial do monumento não tinha ocorrido nessa data devido a dificuldade de conciliação de agendas.