O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a nova Lei de Bases da Saúde.
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Marcelo Rebelo de Sousa promulgou a nova Lei de Bases da Saúde, aprovada pela maioria de esquerda, mas com reparos, nomeadamente ao facto de a votação não ter sido a "ideal" por excluir o PSD.
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A informação consta de uma nota divulgada pela Presidência da República, esta sexta-feira, na qual o chefe de Estado recorda que sempre defendeu que a nova legislação deveria ir "mais além, em base de apoio, cobrindo os dois hemisférios governativos".
"O presente diploma não corresponde, na sua votação, ao considerado ideal, nomeadamente por dela excluir o partido com maior representação parlamentar", lê-se na mensagem do chefe de Estado, em referência aos sociais-democratas.
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O presidente da República justificou a promulgação afirmando que "preenche o critério substancial": "o não comprometer, em nenhum sentido, as escolhas futuras do legislador, dentro do quadro definido pela Constituição".
O novo diploma foi aprovado em votação final global no parlamento em 19 de julho, após avanços e recuos nas negociações tanto à esquerda como à direita, contemplando o primado da gestão pública no Serviço Nacional de Saúde.
As bancadas de PS, BE, PCP, PEV, o deputado único do PAN, André Silva, e o não inscrito Paulo Trigo Pereira votaram a favor do articulado, concertado na especialidade entre socialistas, bloquistas e comunistas, enquanto PSD e CDS-PP, que viram chumbados os seus respetivos projetos, votaram contra.