O presidente da República quer celebrar o próximo 10 de junho na região de Pedrógão Grande. Será "um sinal de vida", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia de inauguração do memorial às vítimas dos incêndios de 2017, esta terça-feira, considerando que tal iria contribuir para a reconstrução da região.
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Depois de celebrar o Dia de Portugal em todas as capitais de distrito, Marcelo Rebelo de Sousa quer celebrar o próximo 10 de junho na região de Pedrógão Grande de modo a que as comemorações passem pelos municípios fustigados pelos incêndios de 2017. Mais do que uma "palavra de esperança", o presidente pretende que o desejo para o qual "espera contar com o apoio do Governo", Parlamento e autarcas, se torne "num compromisso" que impulsione a reconstrução da região.
"É este o meu pensamento", disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante a cerimónia, defendendo que as vítimas e familiares "merecem mais do que um dia de celebração".
Já o primeiro-ministro defendeu que o memorial, inaugurado hoje, "representa um alerta" contra o risco de incêndios para o qual Portugal está particularmente exposto.
"É dever do Estado preparar-se para proteger", afirmou António Costa, considerando que a prevenção é um combate que deve ser travado por todo o país. "64% dos incêndios, desde janeiro, tiveram origem negligente", frisou o primeiro-ministro, sublinhando que cabe a todos os portugueses evitar o risco.
António Costa garantiu que o memorial será também um alerta para a reforma estrutural da floresta e para a revitalização do Interior do país.
A melhor homenagem às vítimas, defendeu António Costa, é não só "não esquecermos" mas também "agirmos".
Os incêndios de 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande mataram 66 pessoas.